Para inaugurar o blog nada melhor do que começar contando a história de um dos maiores nomes da Enfermagem: Florence Nightingale .
Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820 na cidade italiana de Florença, Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, como sua irmã mais velha Parthenope nascida em Partênope (Nápoles).
Na infância feliz que teve, ela já demonstrava o desejo de servir, se um braço ou uma perna de uma boneca se quebrasse, ninguém tinha mais habilidade do que ela para reparar o dano. Ela acompanhava a mãe nas visitas aos aldeões que serviam nas grandes propriedades da família, a penúria dos remédios, a falta de recursos para o tratamento e a impossibilidade de hospitais e meios de assistência aos pobres a impressionava-a.
Moça brilhante e impetuosa rebelou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu estatuto, que seria tornar-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se à caridade encontrando seu caminho na enfermagem.
Um dia Nightingale conheceu uma mulher piedosa, a senhora Elizabeth Fry, através de quem soube de uma instituição na Alemanha voltada para a formação de enfermeiras, e decidiu se matricular.
Mas naquele tempo, as enfermeiras eram conhecidas pela má conduta e ineficiência no trabalho. Os pais de Nightingale naturalmente ficaram preocupados com a idéia de sua filha tornar-se enfermeira. Tentaram dissuadi-la, mas sua decisão era inabalável.
Florence foi para Alemanha e após formar-se pela instituição protestante de Kaiserweth, transferiu-se para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente em um sanatório de caridade aos 33 anos.
Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declararam guerra à Rússia, a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono, a mortalidade entre os hospitalizados é de 40 %.
Florence integrou o corpo de enfermagem britânico como enfermeira-chefe do exército e partiu para Scutari, Turquia com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem de Florence o seu anjo da guarda e a chamam “A Dama da Lâmpada” porque todas as noites com uma pequena lamparina na mão, percorre as enfermarias atendendo os pacientes insones.
Contudo, o destino lhe reservou um grande golpe quando contrai febre tifóide e permanece com sérias restrições físicas, retornando em 1856 da Criméia. Impossibilitada de exercer seus trabalhos físicos dedica-se com ardor a trabalhos intelectuais.
Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem- uma escola para a formação de enfermeiras. Fundou a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com o curso de um ano, era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das grandes características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas.
Em 1883 a Rainha Vitória concedeu a Florence a Cruz Vermelha Real. Como era solteira, Florence trabalhava fora de casa e agia de acordo com as suas idéias, serviu de exemplo a outras mulheres e contribuiu para impor respeito pelo papel da mulher na sociedade, e só parou de trabalhar quando ficou completamente cega em 1901 e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.
Florence Nightingale viveu até os noventa anos, falecendo em 13 de agosto de 1910, em sua cerimônia fúnebre, estavam presentes alguns dos velhos soldados que haviam sido tratados por ela na Criméia, e que se lembravam dela com amor e gratidão.
Florence deixou legado de persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, estabeleceu as diretrizes e abriu caminho para a enfermagem moderna.
Em homanagem ao nascimento de Florence,comemora-se o dia do Enfermeiro dia 12 de maio.
Évelyn R. Prado
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